Folha Regional

Sergio Moro cancela ida à Câmara para esclarecer acusações

Após passar quase 9 horas no Senado na última semana para dar explicações sobre mensagens atribuídas a ele e a procuradores da Operação Lava Jato pelo site The Intercept Brasil, o ministro da Justiça, Sergio Moro, cancelou sua ida à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara marcada para a próxima quarta. Por meio de sua assessoria, o ministro limitou-se a comunicar que não poderia comparecer, sem propor uma nova data para a audiência.

A assessoria de Moro não respondeu após ser questionada pela reportagem sobre o motivo do cancelamento. O ministro marcou as audiências no Senado e na Câmara assim que o caso veio à tona com o objetivo de enfraquecer as iniciativas da oposição de propor uma CPI com base nas conversas divulgadas.

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A deputada Bia Kicis (PSL-DF), vice-presidente da comissão, minimizou o episódio, dizendo que Moro irá, sim, à CCJ em outra data, na próxima semana. “Ele irá sim, irá à CCJ. É porque ele realmente está com a viagem para o exterior agora. Deve ser na próxima semana (a ida à CCJ)”, disse Kicis. O ministro visita El Paso e Washington, D.C. Até a próxima quarta, informou o Diário Oficial da União.

Havia a expectativa de um clima mais hostil em relação ao ministro na Câmara. Deputados do PT afirmam que Moro deixou várias perguntas sem resposta no Senado e prometiam uma atitude mais incisiva contra o ministro.

Apoiadores de Moro também previam um clima diferente na Câmara, mas acreditavam que o ministro não teria problemas.

 

Novos vazamentos

Nesde domingo, novas mensagens envolvendo Moro e procuradores da Lava Jato em Curitiba foram divulgadas pela Folha de S.Paulo, em reportagem com The Intercept Brasil.

Os diálogos mostram como os procuradores se articularam para proteger o então juiz e evitar que tensões entre ele e o Supremo Tribunal Federal paralisassem as investigações em março de 2016.

Moro não falou sobre o assunto, neste domingo. O presidente Jair Bolsonaro também não se manifestou sobre o caso.

 

Fonte: Diário do Nordeste

 

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