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ARTIGO: “Vencer o Medo”

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A Língua Portuguesa tem origem no Latim dos Romanos, que por sua vez foi fortemente influenciado pela Grécia e sua mitologia. Há um mito grego que narra a história de Febos, que ia junto com seu pai Ares (deus da Guerra) nos combates com a função de injetar nas almas dos oponentes a covardia e o medo que os faziam fugir. Esse conto se difundiu e serviu de inspiração para indicar a fobia, uma das moléstias psiquiátricas contemporâneos mais comuns.

Não entrarei pelo ramo das Fobias que é extenso, mas vou ficar em um elemento que faz parte delas: O medo.

Medo pode ser definido como uma posição emocional incitada pela consciência que se tem perante do perigo, ou ainda, aquilo que acende essa consciência. Uma ampla perturbação em relação a alguma coisa desagradável real ou imaginária.

As pessoas têm cada dia mais a necessidade de conviver com os mais diversos tipos de relacionamentos (amorosos, familiares, amizades e profissionais), de maneira adaptativa às grandes mudanças sociais em andamento. Estes relacionamentos podem ser ambivalentes, produzindo medos ou alegrias, certezas ou dúvidas e paz ou instabilidades.

Na Psicoterapia frequentemente os pacientes trazem, a clínica, seus medos movidos por uma variedade de elementos, como por exemplo: Medo de avião, de cachorro, de insetos e da escuridão.

Nas sessões aparecem também aqueles de raiz mais abstrata. O medo da morte, da solidão, da dependência de outros, bem como medo de si próprio. A diversidade de atribuições de definição, nas multifacetadas demonstrações desse afeto em distintas pessoas, admite seu modo universal, em que todos os tipos humanos enfrentam essa emoção.

Ter medo é uma coisa normal na vida das pessoas, podemos dizer que ele quando em equilíbrio é protetivo. Em grande parte, é responsável pela contínua existência da humanidade e demais espécies. Todavia o medo em excesso, paralisa fazendo com que o sujeito não consiga se desenvolver.

Há uma passagem Bíblica que diz: Seja forte e corajoso (Josué 1:6). Josué foi o personagem do Antigo Testamento responsável por conduzir o povo de Israel na posse da terra prometida por Deus. Logo no começo de seu comando, precisou encarar duas enormes dificuldades. Primeiro necessitou fazer com que o povo conseguisse transpor o rio Jordão. Depois também precisou subjugar o exército dos cananeus que apareceu logo a sua frente.

Não devemos dar espaço para medo maior do que o necessário. Podemos e até devemos ter medo, mas o medo não pode nos possuir e paralisar. Ele deixa de ser protetivo quando nos impede de crescer e se desenvolver, atrasando o crescimento pessoal, fazendo com que o caminho da excelência se estabeleça.

Sabemos que há muitas dificuldades na vida brasileira, mas se equilibrarmos o medo em nossa vida, colocando-o no seu devido lugar e como uma ferramenta de amparo, que nos faz desviar dos perigos presentes ou não, poderemos entender que as dificuldades são um terreno fértil, para inovações e criações de soluções.

Enfrente seus medos e continue a jornada dentro do propósito de sua vida.


Aguinaldo Adelino Carvalho
Professor, teólogo e psicoterapeuta

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