O recém-empossado ministro da Educação, Milton Ribeiro, anunciou nesta segunda-feira, 20, que contraiu o novo coronavírus. Em publicação no Twitter, ele informou que está “medicado”, sem detalhar o tratamento, e que vai trabalhar remotamente.
A notícia vem em semana decisiva para a educação no Congresso Nacional, que começa hoje a discutir a PEC 15/15, que renova e amplia o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que financia 60% da educação brasileira. Após um ano e meio de discussões, o governo só apresentou de supetão no último sábado, 18, uma proposta alternativa àquela que vem sendo debatida no parlamento há pelo menos cinco anos.
Mais cedo, aliados do presidente tentaram adiar a votação na Câmara dos Deputados para a semana que vem, argumentando a necessidade de participação do novo ministro da Educação. Por hora, o presidente da casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), adiou a votação para amanhã.
Ribeiro tomou posse como chefe do MEC na última quinta-feira, 16, em cerimônia no Palácio do Planalto. O presidente Jair Bolsonaro, que também está com covid-19, participou da cerimônia por videoconferência.
O ministro da Educação é o quarto do governo Bolsonaro a pegar o novo coronavírus. Nesta segunda, 20, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, informou que contraiu a doença. Em março, logo depois do retorno de viagem presidencial a Miami, os ministros das Minas e Energia, Bento Albuquerque, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, foram diagnosticados com covid-19.
Nas últimas semanas, o Palácio do Planalto registra um outro surto de covid-19 entre os funcionários. De acordo com dados mais recentes da Secretaria-Geral da Presidência, 36 servidores estão afastados com a doença. Desde o início da epidemia, 128 funcionários tiveram resultado positivo.
O Planalto, no entanto, mantém os servidores em trabalho presencial, a não ser os que estão no grupo de risco, e mesmo aqueles que tiveram contato com pessoas contaminadas, a menos que tenham sintomas ou tenham resultado positivo.
(Com Reuters)