Durante as investigações, a polícia apurou que a fraude no vestibular consistiu na realização da prova por terceiras pessoas, que se identificaram como os verdadeiros candidatos, denominados pela quadrilha como “pilotos” – pessoas que faziam as provas no lugar dos candidatos.
Eles assinaram as listas de presença e as folhas de respostas, assim como tiveram coletadas suas impressões digitais e captadas suas imagens durante a realização da prova do vestibular. Com isso, os investigadores passaram a trabalhar para identificar os “pilotos”.
Os mandados contra o grupo são cumpridos nesta quarta-feira nas cidades de São Paulo (SP), Ribeirão Preto (SP), Natal e Mossoró (RN), Juazeiro do Norte (CE), Campina Grande (PB) e Montes Claros (MG).
Grupo movimentou R$ 5 milhões
O responsável por articular o esquema foi preso na primeira fase da operação, em abril de 2019.
Segundo a Polícia Civil, as investigações identificaram que o suspeito, que morava em Presidente Prudente, vendia as vagas para os cursos de medicina e também as transferências de alunos para outras faculdades.
Além dele, foram presas outras 16 pessoas envolvidas no esquema na primeira fase.
O valor cobrado por vaga seria de R$ 80 mil a R$ 120 mil por estudante. Segundo as investigações, a quadrilha teria movimentado R$ 5 milhões em seis meses.
A operação recebeu o nome de Asclépio, que é o deus da medicina e da cura na mitologia grega e romana. Veja abaixo a reportagem sobre a primeira fase da operação.
