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Ministério da Saúde russo libera vacina contra a covid-19 para a população

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O Ministério da Saúde da Rússia liberou, nesta terça-feira (8), o primeiro lote da vacina contra o novo coronavírus Sputnik V. Em comunicado, a pasta afirmou que o medicamento passou nos testes de qualidade e, por isso, foi liberado para a população civil.

A entrega para a população de fato está prevista para um futuro próximo, segundo o Ministério. No entanto, ainda não há definição de datas.

Desde a última sexta-feira (4), já havia a expectativa de liberação. O vice-diretor do Instituto Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia, Denis Logunov, já havia anunciado que a vacina poderia ser liberada para a população esta semana. O Gamaleya é o desenvolvedor da Sputnik V.

Logunov disse que grupos de alto risco terão prioridade. “Não há restrições para os demais grupos, mas o Ministério da Saúde definiu a tarefa de proteger os grupos de risco em primeiro lugar “, afirmou.

“[O registro da vacina russa] Permite proteger os grupos de risco imediatamente, sem gastar dois, três, quatro ou cinco anos testando a vacina em voluntários, durante os quais muitas pessoas nos grupos de alto risco podem morrer ou ser prejudicadas.”

A vacina Sputnik V ainda não teve iniciados os testes clínicos da Fase 3 (aplicação em voluntários). “Começa esta semana a vacinação dos que farão os ensaios clínicos na Fase 3. Paralelamente, começarão as primeiras entregas da vacina [às regiões], até agora modestas, para atender a todos os interesses”, disse o ministro da Saúde, Mikhail Murashko, também à agência Tass.

Anticorpos em 100% dos voluntários

De acordo com os testes publicados na última semana pela conceituada revista científica The Lancet, a Sputnik V é segura e produz imunidade. Os resultados apontam que a vacina russa produziu uma resposta de anticorpos em 100% dos participantes dos testes em estágio inicial e não houve nenhum efeito colateral sério.

“Os dois testes de 42 dias – incluindo 38 adultos saudáveis cada – não encontraram nenhum efeito adverso sério entre os participantes e confirmaram que as vacinas candidatas provocam uma resposta de anticorpos”, afirma a publicação.

Contudo, a revista afirma que são necessários testes em maior escala e com um prazo mais longo, “incluindo uma comparação com placebo”. Os primeiros estudos foram feitos em junho e julho, com 76 voluntários.

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