Segundo o especialista, como alguns homens com cálculo vesical não apresentam sintomas, é fundamental um acompanhamento médico. “A avaliação do sistema urinário como um todo é muito importante para a pessoa ver se tem predisposição a cálculo renal e investigar se tem algum grau de retenção urinária na bexiga. O cálculo na bexiga, como qualquer cálculo em qualquer parte do trato urinário, pode levar a infecções”, alertou.
De acordo com a assessoria de imprensa da Presidência da República, a previsão é a de que Bolsonaro receba alta, no máximo, até domingo. Contudo, caso o procedimento transcorra sem grandes complicações, o presidente pode ser liberado ainda hoje. “A cistolitotripsia, por se tratar de um método minimamente invasivo, tem um tempo de internação menor. A cirurgia dura entre 15 e 20 minutos, dependendo do tamanho da pedra, e o paciente pode ser liberado em duas ou três horas após a conclusão, sem precisar de sonda e já urinando normalmente”, disse o urologista Guilherme Coaracy, da Secretaria de Saúde do DF.
Outros procedimentos
Esse é o sexto procedimento médico realizado pelo chefe do Executivo após a facada levada em 6 de setembro de 2018, durante a campanha eleitoral, em Juiz de Fora (MG). Dentre as intervenções, ele se submeteu a uma cirurgia de emergência em razão de uma complicação causada pela aderência das paredes do intestino, em 12 de setembro de 2018, e teve de retirar uma bolsa de colostomia, em 28 de janeiro de 2019.
Neste intervalo, Bolsonaro também fez uma cirurgia para correção de uma hérnia incisional na região da área atingida pela facada, em 8 de setembro de 2019, e fez uma operação de vasectomia, em 30 de janeiro deste ano.
Cálculo vesical
O termo cálculo vesical refere-se à presença de pedras ou material calcificado na bexiga. Geralmente,
essas pedras estão associadas à urina que permanece parada na bexiga, mas podem aparecer em
indivíduos sem evidência de defeitos anatômicos, infecções ou outras alterações.
A causa mais comum de formação de um cálculo vesical é a obstrução da saída da bexiga.
Dessa forma, a urina fica acumulada. Cristais são formados na urina parada, desenvolvendo cálculos maiores. As pedras podem formar-se dentro da bexiga, ou, então, serem formadas nos rins e chegarem à bexiga e lá crescerem Geralmente, os pacientes relatam dor abaixo do púbis, disúria (dor ao urinar),
intermitência (interrupção do jato de urina), aumento da freqüência da urina, e noctúria (vontade de urinar durante a noite).
Cistolitotripsia
Este procedimento é considerado o menos invasivo. Nele, o urologista utiliza um aparelho chamado cistoscópio, que possui uma câmera na sua extremidade. Ele é introduzido no canal do pênis, a uretra, até chegar à bexiga. Com as imagens fornecidas pelo cistoscópio, o urologista consegue identificar onde o cálculo está localizado e, assim, pulverizá-lo. Para quebrar a pedra, o médico pode recorrer a um laser. Na sequência, ele retira os fragmentos da pedra pelas vias urinárias do paciente.
Para se retirar um cálculo vesical, há duas possibilidades:
Incisão na bexiga
Este procedimento é mais invasivo e delicado. Geralmente, é recomendado nos casos de cálculos
muito grandes, em que a fragmentação e a retirada das pedras por meios endoscópicos são mais
difíceis. Neste tipo de cirurgia, o urologista faz um corte na bexiga e utiliza algum tipo de aparelho
para extrair a pedra manualmente.
Fontes: Sociedade Brasileira de Urologia; Guilherme Coaracy e Omar Fakhouri
Ibope: aprovação de 40%
A aprovação do governo de Jair Bolsonaro chegou a 40%, segundo pesquisa do Instituto Ibope divulgada ontem. É o maior patamar alcançado desde o início do mandato. O levantamento ainda revelou que 29% dos brasileiros consideram o governo regular; e 29%, ruim ou péssimo. A margem de erro é de 2%. A pesquisa foi encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e feita entre 17 e 20 de setembro, com 2 mil pessoas em 127 municípios. No último levantamento, divulgado em dezembro, o mandatário tinha 29% de ótimo/bom. 31% consideravam o governo regular; 38%, ruim/péssimo e 3% não responderam. O Ibope também mostrou que a aprovação na maneira de governar do presidente também cresceu, passando de 41% para 50%. E a confiança em Bolsonaro subiu de 41% para 46%.