Bolsonaro é admirador declarado de Trump e já falou publicamente que torce pela reeleição do americano. O modelo americano é estadualizado e há diferentes formas de votação, inclusive por cédula impressa.
A proposta de Bia Kicis, por sua vez, insere um parágrafo no artigo 14 da Constituição brasileira para determinar que, na votação e apuração de eleições, plebiscitos e referendos, seja obrigatória a expedição de cédulas físicas, conferíveis pelo eleitor, “a serem depositadas em urnas indevassáveis, para fins de auditoria”.
O presidente Bolsonaro defendeu o voto impresso em outras ocasiões e já questionou –sem embasamento– a apuração do próprio pleito que o elegeu para liderar o país.
Em março, ele disse que houve fraude eleitoral em 2018 e que ele foi eleito no primeiro turno. “Pelas provas que tenho em minhas mãos, que vou mostrar brevemente, eu fui eleito no primeiro turno mas, no meu entender, teve fraude”, disse na ocasião.
Ele nunca apresentou as provas que disse ter em suas mãos. Ele foi eleito em segundo turno, numa disputa com o petista Fernando Haddad.
Na mesma live de quinta, Bolsonaro defendeu ainda a federalização de Fernando de Noronha. O arquipélago atualmente é parte do estado de Pernambuco, mas a administração do parque nacional na ilha está a cargo do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
“Agora, eu sugeri a gente federalizar Fernando de Noronha, porque parece que virou ali uma ilha de amigos do rei. O rei não sou eu”, disse.
Ele voltou a criticar a taxa de visitação na ilha e disse que quer fazer de Noronha um “polo turístico”. “Vamos tentar, se for possível a gente federalizar Fernando de Noronha, acabar com essas questões. Fazer realmente um polo turístico, ouvi dizer que há um tempão não para navio lá, não pode parar navio lá”, acrescentou. Poderia ser um local, arranjar recursos para o Brasil vindos de fora, para o turismo. [Para] dar uma condição de vida melhor para a população, não pode aquela ilha ter dono”.
As informações são da FolhaPress