O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a prever nesta sexta-feira (11), que o Brasil chegará ao fim do ano de 2020 com uma perda zero de empregos formais no acumulado do ano, apesar dos impactos da pandemia de Covid-19 sobre a economia.
“O Brasil vai chegar ao fim do ano perdendo zero empregos formais, zero. O Produto Interno Bruto (PIB) cairá entre 3,5% e 4,0% em 2020, e o natural seria perder 1 milhão de empregos, mas desde agosto temos registrados saldos positivos no mercado de trabalho. A economia brasileira realmente voltou em V”, afirmou, em audiência na Comissão Mista do Congresso Nacional que acompanha a execução das medidas de enfrentamento à pandemia de Covid-19.
Guedes destacou que mesmo o setor de serviços, o mais afetado pela crise, tem criado empregos nos últimos meses. “E já há muitos setores muito além do que estavam antes da pandemia”, completou.
DÉCIMO-TERCEIRO
Aposentados e pensionistas poderão receber o 13º salário e outros benefícios antes das datas habituais em 2021, afirmou que o governo não descarta a antecipação de benefícios caso a recuperação econômica atrase.”Não descartamos ainda ferramentas que temos, dentro do teto, completamente dentro do teto, e que inclusive nós usamos antes mesmo [da aprovação] do Orçamento de Guerra. Temos capacidade de antecipar benefícios, de diferir arrecadações [adiar pagamentos]. Temos várias ferramentas que vão permitir calibrar essa aterrissagem [da economia] lá na frente”, declarou Guedes.
CORTE DE GASTOS
Para o ministro impedir o aumento de despesas futuras é mais importante do que cortar gastos em meio a uma recessão econômica. “Temos tido o cuidado de calibrar a economia. Você vai no meio de uma recessão derrubar o salário do funcionário público, tirar 25% do salário? Você vai agudizar a recessão. Não se trata de cortar os gastos, mas de impedir a expansão. Não cortamos gasto de Previdência, mas sim aumento que haveria”, afirmou.