
Policial penal lotado em Flórida Paulista morreu na noite de ontem (8) e foi sepultado nesta terça-feira
Em entrevista exclusiva ao jornal e site Folha Regional na manhã desta terça-feira (9), o presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo, Fábio César Ferreira, o “Fábio Jabá”, lamentou a morte do policial penal lotado na Penitenciária de Flórida Paulista e criticou a atitude do Governo de São Paulo e a Secretaria de Administração Penitenciária em retomar e manter as visitas diante do caos enfrentado pelos funcionários e presos nas unidades com o Covid-19.
Segundo ele, o policial penal foi a 40ª vítima da doença no Estado e mesmo diante dos vários agentes contaminados com a doença e as vidas ceifadas, o Estado insiste em manter liberadas as visitas de familiares dos reeducandos, o que é um risco iminente ao corpo profissional e até mesmo para quem está atrás das grades.
A direção do SIFUSPESP salienta que, não por acaso, o crescente número de mortes de servidores coincide com a liberação das visitas às unidades que foram retomadas em 7 de novembro do ano passado pela SAP, e que desde então, várias regiões do Estado regrediram nas fases do Plano São Paulo de enfrentamento à pandemia criado pelo governo João Doria (SAP), mas as visitas presenciais continuam liberadas no sistema prisional.
“Prevenção sempre porque a pandemia não acabou, somos categoria essencial e estamos expostos junto com nossas famílias”, recorda o presidente do SIFUSPESP. “Mas a nossa categoria e o Sindicato que a representa têm feito de tudo e o que está faltando é atitude do governo estadual, que é covarde de não travar a visitação. Temos um grave déficit de servidores, temos que trabalhar por dez e o governo nos trata como números”, crítica.

Além da suspensão das visitas presenciais, o sindicato destaca a importância da prevenção e reivindica prioridade aos servidores penitenciários na imunização contra a Covid-19, pois a pandemia agravou o quadro já insalubre e propenso a doenças como o do sistema carcerário.
“João Agripino Dória Júnior e o Coronel Restivo estão expondo ao vírus e à morte os policiais penais, os presos, as famílias de ambos os segmentos e o sistema prisional. Não podemos aceitar este genocídio de boca fechada, temos que agir”, disse Fábio Jabá.
Ainda segundo o presidente do SIFUSPESP, o sindicato está aberto aos policiais penais do Estado e impetrou inclusive um agravo de instrumento que visa a suspensão de visitas e outras medidas de precaução deve ser julgado nos próximos dias.
A SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA
A reportagem do jornal e site Folha Regional buscou um posicionamento da SAP acerca dos fatos, porém, até o momento da postagem desta reportagem, a pasta não havia se pronunciado.


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