O presidente Jair Bolsonaro indicou o general Joaquim Silva e Luna como novo presidente da Petrobras. Luna é ex-ministro da Defesa e atualmente é diretor-geral da Itaipu Binacional.
A indicação do militar ocorre em meio às críticas de Bolsonaro à política de preços da Petrobras e das críticas de caminhoneiros pela alta dos combustíveis.
“O governo decidiu indicar o senhor Joaquim Silva e Luna para cumprir uma nova missão, como conselheiro de administração e presidente da Petrobras, após o encerramento do ciclo, superior a dois anos, do atual presidente, senhor Roberto Castello Branco”, diz nota de Bolsonaro.
ISENÇÃO
Anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para passar a valer em menos de duas semanas, a isenção de tributos federais sobre o diesel e o gás de cozinha criou um impasse na equipe econômica, que ainda não sabe como compensar as perdas de arrecadação provocadas pela medida.
Somente os dois meses de isenção de impostos federais sobre o diesel deve gerar uma queda estimada de receitas superior a R$ 3 bilhões.
Perda de R$ 28 bilhões
A Petrobras perdeu R$ 28,2 bilhões em valor de mercado nesta sexta-feira (19), após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciar que quer mudanças na estatal – o que foi interpretado pelo mercado como interferência, apesar do mandatário negar.
“Teremos mudança sim na Petrobras. Jamais vamos interferir nesta grande empresa e na sua política de preços, mas o povo não pode ser surpreendido com certos reajustes”, disse Bolsonaro logo cedo.
As ações preferenciais (mais negociadas) da estatal fecharam em queda de 6,63%, a R$ 27,33 cada. Durante o pregão, chegaram a cair 7,17%.
As ordinárias (com direito a voto) tiveram queda de 7,92%, a R$ 27,10, a maior queda da sessão.
Com a desvalorização, a capitalização da estatal foi de R$ 383 bilhões na véspera para R$ 354,79 bilhões nesta sexta.