A Polícia Civil desencadeou, na manhã desta quinta-feira (25), a Operação Tríade Anhumas, com o objetivo de cumprir dez mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Presidente Prudente.
A ação ocorre após investigações de falsidade ideológica (majorada), uso de documento falso, peculato e organização criminosa que teriam vitimado a Prefeitura de Anhumas.
Conforme a polícia, os investigados são vinculados à administração municipal da gestão de 2016 a 2020. São três os ex-funcionários públicos envolvidos.
Através de inquéritos civis e ações civis públicas, a 13ª Promotoria de Justiça de Presidente Prudente identificou aquisições fictícias de ingredientes para a merenda escolar, sequenciadas pelos desvios de valores e contrafações de documentos que foram utilizados nas respectivas prestações de contas, agregados com aquisições irregulares de pneumáticos que foram adimplidos em duplicidade e pagamentos de despesas particulares pela Prefeitura de Anhumas.
A ação contou com a participação de policiais civis, de membros do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE) e do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), que realizaram a apreensões de documentos, valores, computadores, notebooks, bens patrimoniais e outros desviados da municipalidade.
Foram cinco mandados cumpridos em imóveis residenciais e cinco em unidades do setor público municipal e os objetos passarão por análises e serão objeto de relatório circunstanciado.
“Foram arrecadados diversos documentos, aparelhos celulares, notebooks, que agora serão periciados e avaliados e serão formatados no inquérito policial. O Tribunal de Contas está exercendo a atividade fiscalizatória na Prefeitura, arrecadando documentos para, também, confeccionar o relatório circunstanciado que será inserido no inquérito policial. Esse trabalho visava a administração de 2016/2020. Portanto, a administração se encerrou agora, dia 31 de dezembro. Não tem vinculação com a atual administração, que está colaborando com as investigações. Agora, a gente vai reunir tudo isso no inquérito policial, para encerrá-lo e encaminhá-lo ao Poder Judiciário”, explicou o delegado Claudinei Alves, da Polícia Civil.
Por telefone, a reportagem conversou com Genildo Ramineli, que era o prefeito de Anhumas no período de 2016 a 2020.
Ele afirmou que tem ciência das ações do Ministério Público do Estado de São Paulo. “Esses funcionários trabalharam com clareza, buscando a transparência. Não tenho notícias de adulteração de documentos. Estou aguardando o desfecho das investigações e estou tranquilo”, explicou.
A reportagem também entrou em contato com o atual prefeito de Anhumas, Adailton César Menossi (PSDB), e aguarda o posicionamento para atualização da reportagem.