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Covid-19: CoronaVac tem futuro incerto no Brasil para 2022

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Primeira vacina contra a Covid-19 a chegar aos braços dos brasileiros, em janeiro , a CoronaVac — desenvolvida na China pela farmacêutica Sinovac BionTech e operacionalizada no Brasil pelo Instituto Butantan — tem futuro incerto para 2022.

Para se ter uma ideia da atual posição do imunizante no Brasil, ele está — por enquanto — fora dos planos do Ministério da Saúde para o Programa Nacional de Imunizações (PNI) no próximo ano e, até meados de dezembro, não tinha novas remessas produzidas no Brasil há cerca de dois meses, quando a fábrica do Instituto Butantan envasou as mais recentes unidades. Novas compras de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), da China, não estão encomendados nem têm previsão de chegar.

Na sexta-feira, o governo brasileiro anunciou que vai enviar 500 mil doses da CoronaVac para o Paraguai, como parte da promessa de doar 10 milhões de doses para o consórcio Covax Facility, liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O cenário atual, de presença tímida da CoronaVac destoa dos ambiciosos planos traçados para esse imunizante assim que ele desembarcou no Brasil. Desde o início da vacinação, os projetos do Butantan – em consonância com o governador de São Paulo, João Doria —envolviam a independência total na produção do antígeno em solo paulistano. Para tanto, o instituto iniciou a instalação de uma fábrica de 11 mil metros quadrados dentro de seu pátio de produção, na Zona Oeste da capital paulista.

Atrasadas, as obras devem se estender ao longo do ano que vem. O prazo anterior para a entrega do prédio, divulgado pelo Butantan, era de setembro de 2021 —com as primeiras doses sendo totalmente produzidas no Brasil em dezembro — o que, evidentemente, não ocorreu. Agora, a previsão para ter a fábrica totalmente operacional é o segundo semestre de 2022, disse Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, ao GLOBO.

“Estará apta a funcionar, mas qual vacina produzir é uma questão que nesse momento não dá para responder”, afirma Covas.

Passada essa fase, as primeiras vacinas só devem ser produzidas após trâmites regulatórios. O custo para colocar a construção de pé aproxima-se de R$ 200 milhões, sem contar os equipamentos.

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