Folha Regional

Chuva destrói cabeceiras da ponte sobre o Córrego Tocantins em Adamantina


Estrutura de madeira existente no local é constantemente danificada pelas chuvas e entulhos; projeto para construção de ponte com estrutura metálica ainda está paralisado

Se as fortes chuvas do último final de semana, quando foram registrados 180,9 milímetros de precipitação em Adamantina não provocaram grandes danos em Adamantina, o volume registrado por volta das às 16h de terça-feira, com 45,2 milímetros de chuva em curto período de tempo, provocou a destruição das cabeceiras da ponte sobre o Córrego Tocantins, próxima a usina de lixo.

Segundo informações apuradas pelo Diário, além da elevação do nível do córrego, o acúmulo de galhos e restos de materiais provocaram o solapamento das cabeceiras da ponte de madeira.

As obras de reparo da ponte, no entanto, devem demorar, já que o período de chuvas inviabiliza qualquer intervenção no local.

Os moradores que precisarem passar pelo local devem utilizar a ponte do Bairro Boa Vista, localizada após a Estação de Tratamento de Esgotos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

NOVA PONTE

O acesso à zona rural de Adamantina sobre o córrego Tocantins, nas proximidades da Usina de Compostagem e Reciclagem de Lixo é constantemente afetado pela chuva, o que motivou a realização de um projeto para a construção uma estrutura de concreto, obra que ainda não foi concluída depois de diversos problemas estruturais e jurídicos.

Iniciada em novembro de 2011, na gestão do então prefeito Kiko Micheloni, a obra foi paralisada no mesmo ano (leia abaix).

Após problemas em seu projeto, teve parte da estrutura danificada, chegou a ser considerada “condenada” após análise técnica e embate jurídico entre Prefeitura e a pela Construtora Laís, empresa contratada para a execução das obras. Em agosto do ano passado, a administração anunciou que retomaria a obra mediante acordo formalizado entre as partes.

O anúncio foi feito após reunião do prefeito Marcio Cardim com os secretários de Obras, Wellington Zerbini, de Planejamento, João Vitor Marega, e com a Procuradora Jurídica do município, Claudia Bitencurte, no dia 1º de agosto de 2021.

O projeto será executado em outro ponto do córrego, pela Construtora Laís. Com isso, a prefeitura busca sanar um embate que persiste há 10 anos, com a interrupção das obras de outra ponte, nas proximidades da Usina de Reciclagem de Lixo.

PROBLEMAS

A celeuma envolvendo a ponte sobre o córrego Tocantins foi oficialmente instalada em novembro de 2014, quando a secretaria de Planejamento solicitou sua reconstrução. A decisão estava embasada em laudo emitido pela Unesp de Ilha Solteira. Segundo o documento técnico, a obra estaria “condenada”, já que a fundação e a mesoestrutura da ponte estavam comprometidas.

O embate entre prefeitura e empresa foi parar no Judiciário. Em sentença proferida no dia 1º de fevereiro de 2016 o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) decidiu que as obras deveriam ser demolidas pela Construtora Laís. Orçada inicialmente em R$ 94.458,58 a obra teve um termo aditivo de R$ 23.594,75.

CHUVAS

Na última semana, segundo informações da estação automática do Centro de Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro), instalada na unidade regional da Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (Apta), no km 6 da estrada 14, o volume acumulado de chuvas foi de 204,3 milímetros.

Com maior índice registrado das 7h às 7h de sábado para domingo, com 122,7 milímetros. De sexta-feira (28) até 7h de sábado (29) foram contabilizados mais 58,2 mm, enquanto que, na terça-feira, o volume de chuva foi de 51 mm, mas com 45,2 milímetros sendo registrados por volta das 16h.

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