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ARTIGO: Transtorno de personalidade histriônica na política

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Segundo alguns cientistas, o transtorno de personalidade histriônica é caracterizado por um padrão generalizado de emotividade excessiva e busca de atenção. Por conta disso, há quem diga que as manifestações ocorridas entre 31/10/2022 e 09/01/2023 nasceram do ufanismo histriônico existente na cúpula da extrema direita brasileira.

O movimento, que mostrou o nacionalismo exacerbado daqueles que comungam com os ideais do único presidente que foi derrotado numa reeleição no Brasil, fez com que as palavras Deus, pátria e família (lema criado pelo fascista português Antonio Salazar) se transformassem em gritos de guerra na frente de quartéis e TGs em todo o país.

Chamados de golpistas pelos grandes veículos de comunicação, nas pequenas cidades os manifestantes foram tratados com muita discrição pela mídia, em especial pela falada. Mesmo assim, faltando informações, deu para perceber que em Adamantina os protestos se deram em três categorias: delírio, segunda infância e pedagógica.

Na categoria delírio, além das bandeiras do Brasil nas costas que lembravam as vestimentas dos super-heróis da Marvel que devem ter ocupado o imaginário dos manifestantes quando crianças, também tiveram orações, rezas, interpretações equivocadas da Constituição Federal e as famosas 72 horas, que nunca chegaram.

Já na categoria segunda infância, algumas presepadas irão entrar para a biografia dos manifestantes. Teve de tudo e para todos os gostos.  De idosos octogenários cantando Ninguém segura à juventude do Brasil a marchas desengonçadas e continências prestadas a capacetes militares fixados na entrada do TG.          

 A categoria pedagógica foi mesmo pedagógica. Muita gente aprendeu a cantar o Hino Nacional, com a mão no peito como o protocolo exige. O Hino à Bandeira, foi entoado com tanto civismo que nem o exército de Brancaleone teria feito melhor. E o que dizer então das trocas de receitas gastronômicas entre as manifestantes?

 Em razão disso tudo, muita gente não concordou com o gran finale reservado para os cidadãos que protestaram na Cidade Joia. Afinal, em defesa de uma equivocada causa política, eles deram a cara à tapa, lutaram, pagaram mico, enfrentaram o sol, a chuva e o frio. Por justiça, ao menos o diretório do PL deveria permanecer sob a direção deles.

Por outro lado, nos bastidores da política adamantinense dizem que os manifestantes serão recebidos de braços abertos pelos dirigentes das siglas Podemos e Republicanos. Esses partidos também são conservadores e de direita. E o melhor. Suas lideranças (ao que parece) não sofrem de transtorno de personalidade histriônica.      

 

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