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ARTIGO: Dossiê do amor na Nova Alta Paulista

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Poucas pessoas no mundo são prestativas como os meus amigos. Eles levam essa virtude tão a sério, que às vezes fico comovido com tamanha gentileza. Bastou explicar o motivo porque não escrevia sobre as aventuras amorosas dos políticos da região, para esses amigos (amigos?) procurar uma forma de me ajudar nessa tarefa perigosa. Em pouco tempo, contrataram uma conceituada banca de advogados para dar a tranquilidade que necessito para explorar o temeroso tema. Também me entregaram um minucioso relatório sobre os casos extraconjugais protagonizados por agentes políticos nos últimos 30 anos na Nova Alta Paulista.

Entretanto, como essa pauta é mesmo temerária, apesar dos ótimos criminalistas colocados ao meu dispor, antes de qualquer outra coisa, quero fazer duas pequenas observações. As autoridades ocupantes dos denominados cargos de agentes políticos num município são: Prefeito, Vice-Prefeito, Secretários Municipais, Presidente da Câmara e Vereadores. Essas pessoas, ainda que consideradas públicas, devem ter a privacidade preservada, como qualquer outro cidadão brasileiro.

A propósito, pra não dar milho pra bode, vou logo avisando que neste texto não citarei os nomes das cidades que estão melhor ranqueadas no revelador relatório dos casos extraconjugais. Porém, nada me impede de dizer que, nas entranhas do poder político de alguns municípios, a promiscuidade chegou a um ponto que faria inveja aos papados da família Bórgia. Para quem acha isso um exagero, gostaria de dizer que consta no estarrecedor documento que, há pouco mais de 20 anos, a tubulação de esgotos de uma prefeitura da região foi obstruída por preservativos masculinos. 

Agora, deixando de lado este lamentável episódio, que deve ter provocado constrangimento em muitas pessoas inocentes, vejamos um pequeno resumo do temível relatório (para quem tem culpa no cartório, é claro). Nos últimos 30 anos, muitas autoridades fizeram uso de alcovas não oficiais na Nova Alta Paulista. Com isso, uma infinidade de casamentos de agentes políticos foi por água abaixo. Tirando uns poucos casais que se separaram por questões que não veem ao caso neste texto, a maioria dos matrimônios desfeitos nessa categoria se deu pelas fraquezas da carne, aliadas ao falso fascínio que o poder costuma dar a quem o exerce.

Entretanto, como tudo tem o seu preço na vida, alguns políticos metidos a Don Juan já arcaram com as consequências das escapadas românticas. Outros, ainda irão receber a fatura do jogo da sedução. Não existe nada mais perigoso na face da terra, do que uma mulher traída pelo marido. A história mostra como inocentes puladas de cerca de grandes lideres mundiais mudaram os rumos da humanidade. Diante disso, me arrisco dizer que nas próximas eleições municipais poderão ocorrer alguns acertos de conta entre ex-cônjuges, o que dará mais emoção ao processo eleitoral.

Como este palpitante assunto pode render alguns desdobramentos, inclusive com curiosos calculando o percentual dos agentes políticos que trocaram de cara metade nas suas respectivas cidades, acredito que este texto seja apenas o primeiro capitulo do dossiê do amor na conservadora Nova Alta Paulista. Se bem que, em alguns municípios, o conceito de conservadorismo está muito atrelado ao conceito de falso moralismo. Mas esse é um tema para outra crônica.     

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