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ARTIGO: Vale a pena correr riscos? 

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Desde a mais tenra idade, que me meto em encrencas e sou advertido por causa delas. Na infância, as minhas travessuras rendiam longos conselhos do meu saudoso pai. Na adolescência, por culpa do espírito rebelde, era um frequentador assíduo das diretorias das escolas em que estudava, onde as conversas sobre o que é certo e errado se repetiam.

Quando cheguei na maioridade, percebi que haviam acrescentado nas advertências à palavra risco. Risco de arrumar briga, risco ser processado, risco de ser preso, risco de perder o emprego, risco de sofrer acidentes, risco de magoar as pessoas e tantos outros riscos. Algumas dessas previsões se concretizaram. Ainda assim, quando faço um balanço da minha vida, vejo que os acertos foram maiores que os erros.

Hoje em dia, os alertas que recebo são referentes às minhas viagens de moto e aos artigos de opinião que escrevo. Como viajar de moto é sinônimo de liberdade, vou continuar viajando por mais um bom tempo. Quanto aos artigos, mesmo sabendo que existem pessoas que se incomodam com eles, continuarei escrevendo, não em código como alguns escribas fazem para não se comprometer, mas de forma clara e objetiva, para que os meus poucos leitores possam entender como são tratados os assuntos de interesse coletivo na Nova Alta Paulista.

Em relação aos riscos que algumas pessoas continuam insistindo em colocar nas interpelações que fazem a este humilde articulista, deixo aqui, para reflexão, um belo e atemporal poema do filósofo Sêneca:

Viver é correr riscos

Rir é correr risco de parecer tolo. Chorar é correr o risco de parecer sentimental. Estender a mão é correr o risco de se envolver. Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu. Defender seus sonhos e ideias diante da multidão é correr o risco de perder as pessoas. Amar é correr o risco de não ser correspondido. Viver é correr o risco de morrer. Confiar é correr o risco de se decepcionar. Tentar é correr o risco de fracassar.

Mas os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo é não arriscar nada. Há pessoas que não corre nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada. Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas elas não conseguem nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem. Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua liberdade.

Somente a pessoa que corre riscos é livre!

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