Ele também ressaltou a importância do empresário como peça fundamental para o desenvolvimento do Estado.
“O projeto nasce do empresário. Nós somos a função pública de dizer: ‘Esse caminho vai, esse caminho não vai’. Mas ele nasce de lá para cá. Então, tem lugares que andam mais rápido, lugares mais lentos. Depende muito da vontade e do motivo do empresário participar. Isso é uma coisa fundamental no nosso governo, a gente quer escutar os empresários. É o diálogo que se constrói. Porque, se não, você vai ficar num ciclo de não desenvolvimento baseado no achismo. Para mim, que sou engenheiro, o desenvolvimento consiste em fatos e dados. Você tem de trabalhar em cima de fatos. A gente tem de centrar em uma posição, duas ou três, e variar. Mas você, quando se olha a ferramenta do desenvolvimento econômico, tem de aplicar planos de curto, médio e longo prazos. Só que você tem de tratar tudo isso igual a uma empresa. Um plano. Se amanhã mudar alguém, você tem de seguir. Não é uma coisa que você cria e amanhã vai ter um milhão de pessoas aqui, você tem todo um desenho pra fazer e é isso o que a gente está apostando”, argumentou.
Além disso, Jorge Lima também comentou sobre o modal logístico de transporte de São Paulo.
“O governador [Tarcísio Gomes de Freitas, do Republicanos] sempre disse que a malha oeste é uma prioridade. A gente teve uma necessidade de colocar muita coisa rápida. Eu tinha de sair do sufoco que eu estava. Então, nós demos prioridade ao Rodoanel, prioridade à Sabesp [Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo], que era o nosso carro chefe. Eu acredito muito na ferrovia, na minha carreira de executivo e de empresário. O Brasil é ridicularmente neste aspecto. Ele é ridículo. Se você comparar, a gente tem menos ferrovia que a Argentina, isso é em termos de utilização. Não dá, isso aqui é um país continental. Então, eu acredito muito em ferrovia como sendo outra opção de modal logístico. Ninguém tem as mesmas estradas que São Paulo tem no Brasil e acho que também tem muito país aí fora que também não tem, não. Então, a gente tem de apostar em outros modais: hidrovia e ferrovia. Na minha opinião, são os mais essenciais para você ainda colocar São Paulo mais competitivo do que ele já é, em algumas regiões como esta”, afirmou.
Ainda sobre a coalizão, além de ser uma oportunidade de ouvir os empresários regionais, apresenta uma série de modelos de desenvolvimento aos investidores.
“Na realidade, nós vamos apresentar o plano. Dentro desse plano, tem vários modelos que a gente quer apresentar. Um deles é o ‘50 Quilômetros’, que nós já estamos fazendo em vários lugares de São Paulo. A pergunta é: ‘Se você tem uma grande empresa aqui, por que ela não compra o dobro do raio de 50 quilômetros? Por que um supermercado compra mais do que um raio de 50 quilômetros? Porque eu consigo atender as pequenas cidades’. Aqui, você tem um desequilíbrio grande. Você tem um PIB [Produto Interno Bruto] na região de 38 [bilhões de reais], mais ou menos. Presidente Prudente com 8 [bilhões de reais], se você pega mais três pequenas cidades, Dracena e mais três, você chega a quase 40%. Você tem de pegar as pequenininhas também. Eu tenho de movimentar essa cadeia. Nós vamos apresentar vários modelos, e eles têm um tempo de absorção e de votar na demanda deles também. A gente trata de duas formas: a demanda coletiva e a demanda individual, que às vezes é muito específica do segmento e nós tratamos isso também”, concluiu.
O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Jorge Lima, irá se reunir com empresários nesta terça-feira em duas cidades da região de Presidente Prudente.
O primeiro encontro será das 8h às 9h30, no Projeto Onda, que fica na Rua Álvaro Coelho, nº 10-36, em Presidente Epitácio.
Em seguida, a reunião ocorrerá das 10h às 12h, no Gabinete da prefeita Barbara Medeiros Vilches (PV), no Paço Municipal, que fica na Travessa Tenente Osvaldo Barbosa, nº 180, no Centro, em Presidente Venceslau.
Você precisa fazer login para comentar.