Segundo a Polícia Civil, Mateus frequentava a casa de Luis Fernando Silla de Almeida, onde eles consertavam bicicletas juntos. Ainda conforme a polícia, o ato do suspeito de ajudar crianças com consertos de bicicletas era comum.
Durante coletiva de imprensa na quarta-feira (18), o delegado responsável pelo caso, Tiago Bergamo, descreveu essa relação de proximidade do suspeito com a vítima como um “cavalo de Tróia”.
A expressão vem da mitologia grega: os gregos escondiam soldados dentro de um cavalo de madeira para enganar os troianos e invadir a cidade. No contexto do caso, o suspeito teria, segundo o delegado, se aproximado da família de forma confiável, mas com intenções suspeitas.
O delegado também revelou que, ao confessar o homicídio aos policiais, o vizinho disse ter ouvido vozes que o incentivaram a cometer o crime e que sentia inveja da alegria das crianças do bairro, motivo pelo qual buscava se aproximar delas.