Folha Regional

LUCÉLIA: Câmara poderá retirar o recesso parlamentar de julho após repercussão nas redes sociais

A Câmara Municipal de Lucélia poderá passar por uma mudança significativa: a retirada do recesso parlamentar no mês de julho. A discussão ganhou força após a prefeita Tati Guilhermino demonstrar publicamente, pelas redes sociais, seu descontentamento com a paralisação das sessões ordinárias neste período. A polêmica foi gerada quando projetos enviados pelo Executivo não foram totalmente votados em sessão extraordinária, convocada justamente por conta do recesso.

Atualmente, o recesso parlamentar em Lucélia ocorre em consonância com o que prevê a Constituição Federal e Estadual, contemplando a segunda quinzena de dezembro, todo o mês de janeiro e, também, o mês de julho. No entanto, mesmo durante o recesso, os vereadores podem ser convocados para sessões extraordinárias a fim de analisar projetos em regime de urgência.

No início deste mês, a prefeita enviou projetos à Câmara, mas nem todos foram apreciados devido a pedidos de vista — recurso previsto no Regimento Interno do Legislativo, que permite aos vereadores mais tempo para análise das propostas. A não votação completa gerou insatisfação por parte do Executivo, uma vez que a prefeita alegou urgência nos temas apresentados.

Diante da repercussão, a mesa diretora da Câmara Municipal se pronunciou nas redes sociais e manifestou apoio à proposta de extinguir o recesso de julho. No vídeo divulgado, o presidente da Casa, vereador Marcin da Funilaria, e os secretários Fernanda Crepaldi e Marcilei, além do vereador Padeirinho, declararam ser favoráveis à mudança.

A vereadora Catia Maion, embora tenha justificado que o recesso está previsto nas Constituições Federal e Estadual, afirmou que ela e os vereadores Fontaine, Willian do Foto, Cristiano e Eduardo Lambari já haviam solicitado ao jurídico da Câmara a elaboração de um projeto para a retirada do recesso de julho. Isso indica que, atualmente, há maioria entre os parlamentares favorável à mudança.

A vereadora também recordou que em 2021 foi apresentada uma proposta semelhante, mas rejeitada pela maioria dos vereadores — incluindo alguns que agora apoiam a ideia. Segundo ela, o cenário atual é diferente, com maior conscientização sobre a necessidade de manter o ritmo de trabalho legislativo durante todo o ano.

A possível extinção do recesso parlamentar de julho em Lucélia segue uma tendência já observada em outras cidades da região, como Adamantina e Flórida Paulista, que optaram por manter a atividade legislativa ininterrupta durante o mês de julho.

Com o apoio da maioria dos vereadores e a crescente demanda por celeridade na análise de projetos importantes, tudo indica que o recesso parlamentar de julho está com os dias contados na Câmara Municipal de Lucélia. A expectativa agora é pela apresentação formal do projeto e sua votação nas próximas sessões.

 

Por Redação

 

 

 

 

 

 

 

 

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