O ex-prefeito de Pacaembu, Maciel do Carmo Colpas, começou a cumprir pena de prisão nesta semana, após determinação da Justiça no chamado “Caso Drone”. Ele se apresentou voluntariamente e deu entrada no Centro de Ressocialização de Montalvão, o “CR”.
A informação foi confirmada na manhã desta segunda-feira (28), junto aos advogados que atuam na defesa de Maciel Corpa.
Ele foi condenado a 4 anos, 5 meses e 10 dias de prisão por crime de responsabilidade, em sentença proferida no último dia 9 de julho. A decisão é resultado de um processo que teve início em abril de 2020, com denúncia apresentada pelo Ministério Público de Pacaembu.
Segundo a acusação, em dezembro de 2016, enquanto ainda ocupava o cargo de prefeito, Maciel teria utilizado máquinas, caminhões e servidores públicos da Prefeitura em obras realizadas em um sítio pertencente à sua família, localizado na zona rural de Flórida Paulista, na divisa com Pacaembu.
As provas foram reunidas com o apoio de imagens aéreas feitas por drone, registradas por um denunciante e posteriormente encaminhadas à Promotoria de Justiça.
Procurada por nossa reportagem, a defesa de Maciel Corpa se manifestou através da nota abaixo. Confira na íntegra:
NOTA OFICAL DA DEFESA TÉCNICA DO SRº MACIEL DO CARMO COLPAS
A Defesa técnica do Sr. Maciel do Carmo Colpas vem por meio desta nota oficial informar e esclarecer que hoje, dia 28 de julho de 2.025, em cumprimento à decisão judicial transitada em julgado, no âmbito de processo criminal em fase de execução, o Sr. Maciel, condenado a pena em regime semiaberto, relacionada à propriedade rural da família (“Sítio Goiano”), apresentou-se dentro do prazo legal para início do cumprimento de pena, em conformidade com a determinação judicial.
Assim, demonstrando a sua disposição em colaborar com as autoridades e em respeitar as decisões judiciais, cumpriu de pronto o que lhe foi intimado, cabendo agora à Defesa recorrer dentro dos meios legais previstos.
A Drª Jaqueline Garcia Colpas e a Drª Juliana Oliveira Simões, que trabalham na fase de conhecimento dos processos criminais do Sr. Maciel, neste momento manifestam o devido respeito e acatamento à decisão judicial, mesmo que discordem tecnicamente e acreditem na inocência de nosso cliente.
Ressalva‑se neste momento que: a Defesa cientifica à população de modo geral que não mais serão tolerados comentários que atentem contra a honra, a dignidade e os direitos fundamentais do Sr. Maciel do Carmo Colpas, bem como de seus familiares, os quais vêm sendo alvo de julgamentos precipitados há anos, além de declarações ofensivas, sobretudo em meios digitais e redes sociais.
A liberdade de expressão, embora assegurada constitucionalmente, não pode ser utilizada como escudo para discursos de ódio, linchamento moral ou propagação de informações distorcidas. A Defesa atuará de forma vigilante quanto à divulgação de conteúdos que extrapolem os limites legais e éticos, adotando as medidas judiciais cabíveis sempre que necessário, seja em face de particulares ou de veículos de comunicação, inclusive quando se tratar de reportagens que possam induzir o público a erro ou desinformação.
O Dr. Rodrigo Lemos Arteiro e a Dra. Amanda Vidotti Passada, advogados que atualmente atuam na fase de execução penal do caso, reforçam que a conduta do Sr. Maciel do Carmo Colpas revela não apenas sua confiança na Justiça, mas também seu comprometimento com a verdade e com o devido processo legal.
Finalmente, por deliberação conjunta da família e da equipe jurídica, esta será a ÚNICA manifestação oficial da defesa sobre os processos em que o Sr. Maciel figura como parte, inclusive quanto a eventuais mandados de prisão. Tal decisão visa resguardar a intimidade de seus familiares, que há anos enfrentam com dignidade, silêncio e resiliência.
Nas palavras da família Colpas:
“Não se trata apenas de um processo, de uma prisão ou de uma sentença. Trata‑se de um pai, um esposo, um filho, um avô, um amigo — um ser humano que, como qualquer outro, está sujeito às complexidades da vida e às circunstâncias que podem acometer qualquer indivíduo. Ainda assim, mesmo diante das adversidades, mantiveram‑se firmes, trabalhando de cabeça erguida todos os dias e confiantes na Justiça dos homens, mas principalmente na Justiça de Deus.Os filhos e a esposa declaram: o que nos une é maior que qualquer acusação. É a verdade de quem convive, de quem ama — e, por esse amor, estaremos juntos até o fim.”
Nada mais a declarar.
Pacaembu/SP, 28 de julho de 2.025.
Dra. Jaqueline Garcia Colpas – OAB/SP 504.471
Dra. Juliana Oliveira Simões – OAB/SP 202.970
Dr. Rodrigo Lemos Arteiro – OAB/SP 224.332
Dra. Amanda Vidotti Passada – OAB/SP 416.571
Por: Folha Regional NET