Na última quinta-feira (24), data reservada mensalmente para a realização do Exame da Orelhinha na Santa Casa de Flórida Paulista, a ausência de recém-nascidos para o procedimento motivou a equipe de saúde a promover uma ação educativa junto às gestantes presentes na unidade. A orientação foi conduzida pela fonoaudióloga Anna Gasparini, que destacou a importância do exame e os riscos da não realização.
O Exame da Orelhinha, ou Triagem Auditiva Neonatal Universal, é obrigatório no Brasil desde 2010, conforme a Lei nº 12.303. Trata-se de um teste simples, rápido e indolor, que deve ser realizado ainda nos primeiros 30 dias de vida do bebê. O objetivo é identificar precocemente possíveis alterações auditivas que, se não tratadas, podem comprometer o desenvolvimento da fala, da linguagem, da aprendizagem e da interação social da criança.
A fonoaudióloga destacou ainda que, caso o bebê reprove no teste inicial, é necessário comparecer para um reteste em até 15 dias. “Infelizmente, temos observado uma baixa adesão ao retorno, o que prejudica o acompanhamento adequado e pode atrasar o diagnóstico e a intervenção, justamente em um período crítico do desenvolvimento auditivo e neurológico da criança”, alerta Anna Gasparini.
Durante a atividade, as gestantes foram orientadas quanto ao funcionamento da triagem auditiva no município. Em Flórida Paulista, o Exame da Orelhinha é oferecido gratuitamente, uma vez por mês, sempre na penúltima quinta-feira, na Santa Casa.
A ação buscou reforçar o direito das crianças à triagem auditiva e sensibilizar futuras mães sobre seu papel na garantia dessa etapa fundamental da atenção neonatal. “Nosso objetivo é promover saúde e prevenir danos futuros. A detecção precoce de qualquer alteração auditiva pode mudar o futuro de uma criança”, concluiu a fonoaudióloga.
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