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Com marca de R$ 16,5 bilhões, comércio estima maior receita em 15 anos no varejo na região de Presidente Prudente em 2023

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As vendas do comércio varejista na região de Presidente Prudente (SP) devem registrar a alta de 4% em 2023, em comparação com o ano passado, de acordo com as projeções da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP).

Em números absolutos, o faturamento deverá atingir a marca de R$ 16,5 bilhões, a maior cifra desde o início da série histórica, em 2008. Esse aumento se dará sobre uma base forte de comparação, já que, em 2022, as receitas do varejo da região cresceram 9,2% em relação a 2021.

Seis das nove atividades analisadas devem registrar crescimento, com destaque para supermercados, farmácias, perfumarias e concessionárias de veículos, que se beneficiaram do incentivo fiscal do governo federal na metade do ano. Segundo as projeções, o segmento de autopeças e acessórios também aguarda pelo resultado mais relevante desde 2008.

Fecham a lista de destaques positivos as atividades de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos e de vestuário, tecidos e calçados.

Por outro lado, após terem registrado o maior faturamento da história em 2022, o varejo de materiais de construção, lojas de móveis e decoração e o grupo de outras atividades, em que predomina a venda de combustíveis, devem registrar um desempenho negativo neste ano.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente (Sincomércio-PP), Vitalino Crellis, que também é diretor da Fecomércio-SP, afirma que esse marco é consequência de todo o empenho dos empresários locais diante dos desafios dos últimos anos.

“Esse resultado positivo não são apenas números. Representa o empreendedorismo e a dedicação dos que compõem esse cenário comercial. Os empresários de Presidente Prudente demonstraram capacidade de adaptação, inovação e, acima de tudo, um comprometimento inabalável com o atendimento ao cliente. Foi um ano importante para o comércio, notamos a retomada, a movimentação contínua, apesar dos grandes desafios”, completou Crellis.

A alta na receita do varejo em 2023 foi motivada, principalmente, pela queda no desemprego e pela geração de vagas de trabalho com carteira assinada, elevando a quantidade de pessoas em condições de consumir e resultando em uma maior injeção de recursos do 13º salário no fim do ano.

Em âmbito nacional, a taxa de desemprego atingiu 7,6% no trimestre de agosto a outubro, menor patamar desde 2015. Além disso, entre janeiro e outubro, quase 1,8 milhão de empregos formais foram gerados no Brasil e cerca de 500 mil no Estado de São Paulo.

Outros fatores que contribuíram foram a queda da inflação ao longo dos últimos meses, principalmente, sobre alimentos e bebidas, que abriu espaço no orçamento doméstico de muitos lares e iniciou o ciclo de redução da taxa básica de juros Selic, gerando efeitos positivos sobre o poder de compra das famílias e sobre a confiança dos consumidores.

De acordo com o Sincomércio-PP, é importante lembrar que faturamento é diferente de lucro.

Nesse sentido, muitos empresários seguem trabalhando com margens apertadas para não perder clientes. Assim, para o próximo ano, o indicado é ter cuidado na formação dos estoques, considerando as incertezas no cenário internacional, a desaceleração da atividade econômica prevista para 2024, os juros ainda elevados e o alto nível de famílias endividadas, entre outros fatores que podem trazer instabilidades.

Ainda de acordo com o sindicato, os empresários devem priorizar o reforço do caixa.

Metodologia

As projeções são elaboradas com base nos dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), a qual utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista.

A pesquisa é elaborada mensalmente pela Fecomércio-SP, através de um convênio de cooperação técnica com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).

Sindicato

O Sindicato do Comércio Varejista é uma instituição que atua na representação dos comerciantes locais, buscando defender seus interesses e promover o desenvolvimento do setor varejista.

A entidade é atuante na defesa dos interesses da categoria econômica nas distintas esferas do poder, seja municipal, estadual ou federal, não apenas individualmente, mas como filiada à Fecomércio-SP.

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