O rio Aguapeí, um dos mais importantes mananciais que cortam a região da Nova Alta Paulista, vive um dos períodos mais críticos dos últimos anos. A estiagem severa que atinge o Oeste Paulista há meses reduziu drasticamente o volume de água do rio, expondo bancos de areia e deixando trechos tão rasos que, em alguns pontos, é possível atravessá-lo a pé.
A situação tem causado preocupação entre os moradores de Lucélia e frequentadores do local, principalmente em razão do Salto Botelho, que utilizam o rio para pesca, lazer e outras atividades. O cenário de seca é agravado, segundo relatos, pelo uso irregular da água. Há denúncias de que bombas particulares continuam captando o recurso mesmo diante do quadro alarmante.
“A gente vê o rio secando e ainda tem gente tirando água como se nada estivesse acontecendo”, lamentou um pescador que frequenta o trecho do Aguapeí próximo à zona rural do município.

Com a escassez visível, cresce a pressão da população para que os órgãos ambientais intensifiquem a fiscalização e adotem medidas efetivas de preservação. Ambientalistas alertam que a falta de chuvas, combinada à retirada descontrolada de água, pode comprometer ainda mais o equilíbrio ecológico da região e afetar comunidades que dependem do rio.
Em nota enviada, a Agência de Águas do Estado de São Paulo (SP Águas) informou que realiza inspeções contínuas nos cursos d’água da região, com atenção especial durante o período de estiagem. Segundo a agência, somente neste ano foram fiscalizados 704 usos de recursos hídricos na área da bacia do rio Aguapeí.

A SP Águas reforçou que a população tem papel importante na preservação dos recursos hídricos, podendo colaborar por meio de denúncias de uso irregular da água ou degradação ambiental. As comunicações podem ser feitas pelo site Fala SP, canal oficial do Governo do Estado de São Paulo.
Enquanto isso, moradores esperam que a fiscalização seja ampliada e que o retorno das chuvas traga alívio a um rio que, por décadas, foi símbolo de vida, sustento e lazer para a região.
O rio Aguapeí, conhecido também como “Feio”, nasce em Gália (SP) e percorre mais de 300 quilômetros até desaguar no rio Paraná. Sua preservação é essencial não apenas para o equilíbrio ambiental, mas também para a manutenção das atividades econômicas e sociais que dependem dele.
Por Redação


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