As dispensas tiveram início nesta segunda-feira (25), pelo setor de enfermagem. Na manhã desta terça-feira (26), funcionários dos departamentos de engenharia, tecnologia da informação, compras, farmácia e limpeza também foram surpreendidos com os desligamentos.
Ano passado, a instituição chegou a ter 420 funcionários.
“Nós vamos, infelizmente, ter que cortar o quadro de funcionários e hoje para mim é um dia horrível, de ter que dispensar amigos. Infelizmente, é isso”, afirmou Sylla.
Ele ainda frisou que o hospital está apto a acolher e atender todos os pacientes. “Só não temos recursos financeiros. Não temos como fazer qualquer movimento para aumentar a nossa arrecadação”, falou o presidente do HE.
“O hospital tem hoje um quadro de funcionários que chega perto de 400 colaboradores. Alguns dias atrás tínhamos 420. Ao término de 2021 venceu um convênio que nós tínhamos com o Estado e isso deixou de vir um aporte de quase R$ 2 milhões para o Hospital do Câncer. Devido a essa diminuição de receita, houve a diminuição do número de atendimento de pacientes, nós viemos de 80 pacientes, em uma média, para cerca de 23, 24 pacientes. Como diminuiu o número de receita, por sequência, a diretoria, de forma muito entristecida também, e sendo bem transparente convocando já a imprensa para transportar a mensagem para a população, está efetivando uma redução do quadro momentaneamente. Conforme for aumentando o faturamento e for aumentando a receita, com certeza, o hospital vai buscar novamente esses profissionais e voltar as contratações de forma normal”, disse o procurador jurídico da Santa Casa e do HE.
Por meio de nota, o Ministério da Saúde informou que repassa mensalmente para as secretarias estaduais e municipais de saúde, recursos financeiros destinados ao custeio de serviços hospitalares de média e alta complexidade, incluindo os ofertados pelo setor filantrópico.
Em 2021, foram repassados aos fundos estaduais e municipais mais de R$ 67,7 bilhões para o custeio dos serviços em todo o país. Em 2021, entre janeiro e abril, já foram repassados R$ R$ 18,6 bilhões para o custeio desses serviços.
“A pasta reforça que a gestão e financiamento do SUS, conforme determina a Constituição Federal, é tripartite, ou seja, compartilhada entre União, estados e municípios. O Governo Federal elabora políticas públicas e financia os serviços. Cabe aos estados e municípios gerenciar o sistema na ponta conforme as características, necessidades e demandas de cada região”, disse.
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