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Cidades

Trabalhadores da Sabesp participam de greve contra a privatização dos serviços de saneamento básico, em Presidente Prudente

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Os trabalhadores da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp, realizaram uma manifestação na manhã desta terça-feira (28), contra a privatização da empresa pública, em Presidente Prudente.

A paralisação faz parte da greve unificada entre os metroviários, ferroviários, professores da rede estadual pública, trabalhadores da Sabesp e parte do funcionalismo público, que iniciaram uma greve nesta terça-feira.

A previsão é de que haja uma paralisação de 24h.


O protesto é contra os projetos do Governo do Estado de São Paulo que tem objetivo de privatizar a companhia, a Fundação Casa, as linhas de metrôs e a Companhia Paulista de Transporte Metropolitano (CPTM).

Em Presidente Prudente, os funcionários exibiram faixas em apoio a paralisação em frente a uma das sedes da empresa, localizada na Rua Coronel Albino, no bairro Jardim Belo Horizonte.

Conforme Edis Moreira de Araújo, diretor regional do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema), os trabalhadores que aderiram a greve na maior cidade do Oeste Paulista fazem parte da superintendência e da gerência divisional, onde está concentrada a maior parte dos trabalhadores da Sabesp.


“A pauta é contra a privatização da água, do saneamento, contra a venda da Sabesp, porque a água vai subir se for colocada na mão da iniciativa privada. Nós do sindicato entendemos que os municípios serão prejudicados, porque os municípios do interior sobrevivem do subsídio cruzado que vem da capital. Então nós somos contra porque nós entendemos que é a água, por ser um bem comum, ela deverá ficar na mão do Estado. O Estado é quem tem que gerenciar essa grande necessidade da população, que é a água”, ressaltou Edis.

Além disso, o diretor do sindicato regional pontuou que os funcionários também reivindicam que o Governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), retire o projeto de privatização nº 1.501, que tramita na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).


Diante o anúncio da greve, a Justiça do Trabalho determinou que a Sabesp mantenha disponíveis 70% do contingente ligado à prestação de serviços essenciais de saneamento básico, tratamento e abastecimento de água, bem como esgoto. A infração da determinação pode acarretar multa diária de R$ 30 mil.

O que diz a Sabesp

Em nota, a companhia afirmou ter um plano de contingência que prevê 100% do efetivo nas atividades essenciais para minimizar o impacto na população.Ao ser questionada sobre o posicionamento em relação às demandas dos grevistas, a Sabesp apenas citou que a decisão judicial que garante a manutenção de 80% dos trabalhadores em atividade.

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